Dr Fábio. Uma reflexão na novela ' O último dragão '(na Netflix) Identificação com o agressor: Em ' O último dragão ' Chisca resolve encarar o seu agressor sexual na adolescência, foi estuprada pelo amigo do seu irmão e nunca contou, o Valentin. Ela treme de medo, tem lembranças e pesadelos com o estupro. Um dia resolve enfrentar o medo indo atrás dele para seduzil-o justamente com a sexualidade. Nas primeiras vezes tem medo e nojo. Contrata um matador. Depois desiste e ' vai em direção ao masoquismo brutal com ele, joga-se antecipadamente à agressão sexual dele. Como o vídeo explica...para ter domínio sobre o trauma, mas o reproduzindo em si mesma. Julga-se apaixonada e mantém com ele sempre um encontro sexual brutal e abusivo, pensando dominar o medo do trauma, coloca-se com seu próprio corpo a viver essa relação masoquista como se fosse um estrupo permitido. Fica dependente dessas agressões, as quais não só permite como as busca em seu estuprador do passado. Ficar sem ele a deixa desesperada porque seria voltar a enfrentar seu trauma do estupro onde ela foi o agente passivo, insuportável. A degradação desse relacionamento e das relações sexuais, só se agravam. Ela usa ainda mais muita cocaína para poder suportar. Depois, haverá um outro destino para a personagem, uma saída desse masoquismo aniquilador.
Fez eu lembrar de uma expressão ("Triunfar sobre a decepção"..), e da dstinção Lacaniana entre se jogar "Par la fenêtre" x se jogar "Pour LA Faire naître" (para fazer nascer um Self/DWW)..talvez eu ousasse ser menos conclusivo quanto à parte ref ao desejo do outro. E tbem me atrevêsse a sublinhar, a despeito de todo o paradoxo, a prevalência de uma vocação para a "saúde" nessa "saída" em que enfrentar o rival de modo convencional poderia, aí sim, resultar em "morte", só que sem nem as cinzas para delas se ressurgir..Que aula. Magnífico video. Excepcional.
O video é definitivam. inspiradôr e tomo a liberdade de fazer mais remarks: Outras formas de colocar ou expressões de que fez o seu arrazoado me lembrar fôram: a de uma "busca ilimitada por um limite", ou a idéia de que "só se pode renunciar a algo que se têve". Ou, ainda, em "Acting outs" como forma derradeira/extrema de se obter, por mal (ou, "ativa" / re"ativamente" - já que por "bem" (apassivadamente) nunca chegou perto de se obter, não importasse o quê acontecêsse, ou os sinais mais inequívocos que a criança emitísse - de se obter, enfim, algo da ordem da necessidade e não do desejo..(algo cuja demanda, portanto, não chegou a ser suportável). Curiôso, entendo o que vc quer dizer qdo fala em masoquismo, etc, mas sem deixar de ver no mecanismo de defesa em questão menos uma submissão ao desejo do rival mais forte ou ao fascínio que a força elementar exerce, e mais um repúdio como marca/traço distintivo (uma constituição do suj como uma reação q precisa ficar "cravada", indelével, uma rejeição a/uma "insurreição" última contra um grau de hostilidade absurdo e sucessivo, mas nunca mediada..). Por fim, e, mt despretensiosamente, a destruição pode não ser de sí como objetivo, e sim como uma decorrência não buscada...sendo o "objeto" mesmo de destruição algo que simbolize a única coisa notada como tendo maior importância para aqueles de quem (à exaustão) se esperou um mínimo "importar-se"..mas que, não necessariamente por maldade (pessoas têm pontos cegos, cegueiras, outras são mto voltadas p si mesmas, enfim), nada era sequer visto, que dirá percebido.. Por fim, outra visada sobre a mesma coisa: e se essa repetição infindável fôr um meio de uma "criança" que nunca foi "segurada" minimamente (o que é diferente de ser "carregada"/"aguentada"...enfim, q nunca foi segurada sem ser um pêso..) "Impôr" aos que a fizeram se sentir um fardo, um eterno "holding" que nunca vivenciou, pela "artimanha" inconsc de se tornar "insuportável"? Seria uma espécie de desejo de ser "carregado" (em vez de "ATURADO") em virtude de uma superexposição (e não "super" proteção..) e IMPÔSTO pelo suj pela via da repetição de sucessivos fracassos (aí registro q não vejo masoquismo, mas, mt ao contrário, uma auto-conservação à 5a potência!...). Aliás, pensar (ponderar) vem de pesar...Daí os "Acting outs". Enfim, são reflexões. Exorto o Sr a, quem sabe? Um video sobre a identif. c/ o agressor, aventado. BRAVO pela perceptividade, humildade e eloquência em terreno tão árido, tão traiçoêiro e sutil. Muito obr mesmo. Requer estudo, mas tb coragem. 🙌
Excelente aula, professor. Fico feliz ao notar que tens feito progressos na tradução-elaboração de sua fobia de tubarão. Agora até mesmo há um mascote adornando seus vídeos, haha. Um grande abraço!
Parabéns professor, excelente aula. Me ajudou a compreender um pouco mais a fundo essa observação tão importante e tão delicada que existe no outro e em nós mesmos.
A identificação é um processo comum: a criança introjeta características das pessoas que cuidam dela ou que ela admira. Nas situações de agressão, identificar-se com o agressor é uma defesa. O sujeito ou (a) se torna como o agressor e agride outras crianças, p.ex. ou (b) se identifica com o agressor, antecipando todas as suas vontades, adivinhando o que ele deseja, submetendo-se a ele.
Perfeita a compreensão, mas mérito do professor!!
Obrigado!!
Vídeo extremamente necessário, pude refletir muita coisa envolvendo traumas, seria ótimo falar mais sobre
Obrigado!!
Excepcional, professor Fábio!
Obrigado!!
Dr Fábio. Uma reflexão na novela ' O último dragão '(na Netflix)
Identificação com o agressor: Em ' O último dragão ' Chisca resolve encarar o seu agressor sexual na adolescência, foi estuprada pelo amigo do seu irmão e nunca contou, o Valentin.
Ela treme de medo, tem lembranças e pesadelos com o estupro. Um dia resolve enfrentar o medo indo atrás dele para seduzil-o justamente com a sexualidade. Nas primeiras vezes tem medo e nojo. Contrata um matador. Depois desiste e ' vai em direção ao masoquismo brutal com ele, joga-se antecipadamente à agressão sexual dele. Como o vídeo explica...para ter domínio sobre o trauma, mas o reproduzindo em si mesma. Julga-se apaixonada e mantém com ele sempre um encontro sexual brutal e abusivo, pensando dominar o medo do trauma, coloca-se com seu próprio corpo a viver essa relação masoquista como se fosse um estrupo permitido. Fica dependente dessas agressões, as quais não só permite como as busca em seu estuprador do passado. Ficar sem ele a deixa desesperada porque seria voltar a enfrentar seu trauma do estupro onde ela foi o agente passivo, insuportável.
A degradação desse relacionamento e das relações sexuais, só se agravam. Ela usa ainda mais muita cocaína para poder suportar.
Depois, haverá um outro destino para a personagem, uma saída desse masoquismo aniquilador.
Nossa! Que história, hein? Quero ver o filme! Obrigado pela dica e pelo relato.
Obrigado pelo vídeo!
Obrigado!!
Ferenczi sempre tão atual!!
Ótimo entender masoquismo de forma profunda , assim sabemos ao se submeter a análise se estamos sendo bem conduzidos pelo analista
Maravilhosos Professor , gratidão por sua profundidade nos temas !!
Excelente! Esse complexo de Fênix tem sido identificado bastante em clientes que atendo.
É algo impressionante, né?
Fez eu lembrar de uma expressão ("Triunfar sobre a decepção"..), e da dstinção Lacaniana entre se jogar "Par la fenêtre" x se jogar "Pour LA Faire naître" (para fazer nascer um Self/DWW)..talvez eu ousasse ser menos conclusivo quanto à parte ref ao desejo do outro. E tbem me atrevêsse a sublinhar, a despeito de todo o paradoxo, a prevalência de uma vocação para a "saúde" nessa "saída" em que enfrentar o rival de modo convencional poderia, aí sim, resultar em "morte", só que sem nem as cinzas para delas se ressurgir..Que aula. Magnífico video. Excepcional.
Nossa! Bonito isso do "pour la faire naître"... Obrigado por compartilhar e pelo comentário! Abraços!!
O video é definitivam. inspiradôr e tomo a liberdade de fazer mais remarks: Outras formas de colocar ou expressões de que fez o seu arrazoado me lembrar fôram: a de uma "busca ilimitada por um limite", ou a idéia de que "só se pode renunciar a algo que se têve". Ou, ainda, em "Acting outs" como forma derradeira/extrema de se obter, por mal (ou, "ativa" / re"ativamente" - já que por "bem" (apassivadamente) nunca chegou perto de se obter, não importasse o quê acontecêsse, ou os sinais mais inequívocos que a criança emitísse - de se obter, enfim, algo da ordem da necessidade e não do desejo..(algo cuja demanda, portanto, não chegou a ser suportável). Curiôso, entendo o que vc quer dizer qdo fala em masoquismo, etc, mas sem deixar de ver no mecanismo de defesa em questão menos uma submissão ao desejo do rival mais forte ou ao fascínio que a força elementar exerce, e mais um repúdio como marca/traço distintivo (uma constituição do suj como uma reação q precisa ficar "cravada", indelével, uma rejeição a/uma "insurreição" última contra um grau de hostilidade absurdo e sucessivo, mas nunca mediada..). Por fim, e, mt despretensiosamente, a destruição pode não ser de sí como objetivo, e sim como uma decorrência não buscada...sendo o "objeto" mesmo de destruição algo que simbolize a única coisa notada como tendo maior importância para aqueles de quem (à exaustão) se esperou um mínimo "importar-se"..mas que, não necessariamente por maldade (pessoas têm pontos cegos, cegueiras, outras são mto voltadas p si mesmas, enfim), nada era sequer visto, que dirá percebido..
Por fim, outra visada sobre a mesma coisa: e se essa repetição infindável fôr um meio de uma "criança" que nunca foi "segurada" minimamente (o que é diferente de ser "carregada"/"aguentada"...enfim, q nunca foi segurada sem ser um pêso..) "Impôr" aos que a fizeram se sentir um fardo, um eterno "holding" que nunca vivenciou, pela "artimanha" inconsc de se tornar "insuportável"? Seria uma espécie de desejo de ser "carregado" (em vez de "ATURADO") em virtude de uma superexposição (e não "super" proteção..) e IMPÔSTO pelo suj pela via da repetição de sucessivos fracassos (aí registro q não vejo masoquismo, mas, mt ao contrário, uma auto-conservação à 5a potência!...). Aliás, pensar (ponderar) vem de pesar...Daí os "Acting outs". Enfim, são reflexões. Exorto o Sr a, quem sabe? Um video sobre a identif. c/ o agressor, aventado. BRAVO pela perceptividade, humildade e eloquência em terreno tão árido, tão traiçoêiro e sutil. Muito obr mesmo. Requer estudo, mas tb coragem. 🙌
Percebi uma boa ligação com o vídeo da Aline que falou sobre autolesão.
Tudo a ver!! Nesse sintoma tb há muito masoquismo e tentativa de se "refazer", né?
Excelente. Parabéns Fábio.
Obrigado, Rogério!!
Excelente aula, professor. Fico feliz ao notar que tens feito progressos na tradução-elaboração de sua fobia de tubarão. Agora até mesmo há um mascote adornando seus vídeos, haha. Um grande abraço!
😂😂 sim!! já estou me aproximando do tubarão de forma tranquila!! rs...
Uma baita armadilha ! Mas como é desafiador romper com as repetições
Super! Dá um trabalho danado!!
Show de bola 🫶🏻
Obrigado!!
Bateu aqui…nuh… adoraria um vídeo sobre o conceito de masoquismo
Meu sonho é montar um grupo de estudos sobre o tema... tem coisa super importante pra estudar!!
Que vídeo maravilhoso! Cada fala sua lembra os pacientes que chegam na clínica. Gratidão!❤
Obrigado, Socorro!! Abraços!!
Parabéns professor, excelente aula. Me ajudou a compreender um pouco mais a fundo essa observação tão importante e tão delicada que existe no outro e em nós mesmos.
Obrigado, Charles!!
Adorei o vídeo! Me fez pensar em vários pontos da minha própria análise.
Todo mundo é um pouquinho fênix, né? rs... tb me identifico.
@@fabiobelo com certeza!
muito interessante
Como essa identificação com o agressor acontece nos casos de abuso sexual?
A identificação é um processo comum: a criança introjeta características das pessoas que cuidam dela ou que ela admira. Nas situações de agressão, identificar-se com o agressor é uma defesa. O sujeito ou (a) se torna como o agressor e agride outras crianças, p.ex. ou (b) se identifica com o agressor, antecipando todas as suas vontades, adivinhando o que ele deseja, submetendo-se a ele.
🙏
La petit mort
Boa! Dá pra pensar num orgasmo maligno e um benigno, não? Boa ideia...